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Virtudes e problemas dos 4 “candidatos” a presidente da Assembleia Legislativa de GO

Virtudes e problemas dos 4 “candidatos” a presidente da Assembleia Legislativa de GO

access_time 2 anos ago

Estão no páreo Bruno Peixoto, Lincoln Tejota, Renato de Castro e Virmondes Cruvinel: todos fortes e articulados

A batalha pela presidência da Assembleia Legislativa está nas ruas e não apenas nos bastidores. O presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD), está convocando deputados para “conversas animadas”, de acordo com um deputado estadual recém-eleito. “Ele está dizendo que seu candidato é Virmondes Cruvinel, do União Brasil, e que Bruno Peixoto, do União Brasil, não tem nenhuma chance — assim como Lincoln Tejota e Renato de Castro”, afirma o parlamentar.

Recentemente, Lissauer Vieira demitiu auxiliares que são, politicamente, ligados ao presidente do PSD, Vilmar Rocha. Teria apresentado a seguinte explicação: os vilmaristas não teriam trabalhado na campanha de “seu” candidato a deputado federal, Dannillo Pereira, do PSD. De fato, o vice-prefeito foi derrotado, mas obteve boa votação, mas muito mais graças ao empenho do prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), e não a Lissauer Vieira, que parecia ter apenas um candidato no pleito de 2022 — exatamente Virmondes Cruvinel. “Na verdade”, postula um deputado, “as demissões visam arranjar espaço para aliados de Virmondes Cruvinel. Não têm nada a ver com Dannillo Pereira, por quem Lissauer — que não gosta do prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil) — não nutre grande estima”.

Daniel Vilela e Ronaldo Caiado: firmes na articulação da disputa da Assembleia | Foto: Reprodução

Durante bom tempo, Lissauer Vieira tratou o presidente do MDB, Daniel Vilela, como adversário, e até “inimigo”. Pois agora o vice-governador eleito, a pedido do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), é o operador, da parte do governo, da disputa na Assembleia. Daniel Vilela não considera Virmondes Cruvinel como “adversário” ou “inimigo”. Porém, como bancar para presidente da AL um aliado de Lissauer Vieira? Não há lógica. Todos consideram o deputado como um “bom moço”, mas acrescentam que escolheu o padrinho errado, que, aos poucos, está se tornando um “morto político”. Ainda é forte, mas está perdendo substância.

Bruno Peixoto, que nem é muito confiável para os deputados — e talvez para ninguém —, pode acabar se tornando presidente da Alego. Porque tem menos arestas, por exemplo, com Daniel Vilela. Lincoln Tejota e Renato de Castro, ambos do União Brasil, também estão no páreo.

Lissauer VieiraLissauer Vieira: presidente da Alego prejudica Virmondes Cruvinel | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Comenta-se que o presidente da Alego será do União Brasil e o vice será do MDB, possivelmente Issy Quinan.

O que todo mundo diz é o seguinte: na disputa deste ano, a mão do governador Ronaldo Caiado será realmente sentida. “Só vai ganhar aquele que tiver a aprovação total do governador”, afirma um influente deputado.

governador. Articula com habilidade, quase sempre nos bastidores.

Problemas — Consta que seu principal problema é o fato de que o pai, o conselheiro Sebastião Tejota, mesmo não sendo o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), é um dos principais operadores do órgão. O que se diz é: por que o governador “daria” dois “poderes”, a Alego e o TCE, para a família Tejota?

Há quem postule que, magoado por não ter continuado na vice de Ronaldo Caiado, Lincoln Tejota, se assumir a Alego, e tendo a força do pai no TCE, tente pressionar e jogar contra o governo. Há sempre o risco. Por que o gestor estadual irá corrê-lo se pode escolher um caminho menos arriscado?

Virmondes Cruvinel, nas votações mais difíceis de projetos do governo — sobretudo quando diziam respeito ao funcionalismo público —, se omitia ou até se posicionava contrário.

A proximidade com Lissauer Vieira, seu padrinho político — estaria até nomeando “aliados” do deputado reeleito para cargos na Assembleia —, deixa Virmondes Cruvinel fragilizado junto ao MDB. Como se sabe, o governador Ronaldo Caiado escalou o vice-governador eleito Daniel Vilela para articular a disputa da Assembleia. O político de Rio Verde trabalhou, durante bom tempo, para tentar impedir que o filho de Maguito Vilela se tornasse candidato a vice do líder do União do Brasil. Na política não é hábito retribuir dando a outra face.

Portanto, a força de Virmondes Cruvinel advém de sua aliança com Lissauer Vieira, mas também, quiçá sobretudo, sua fraqueza. Arranjar um articulador cuja “tinta” da caneta está “acabando” é sinal de falta de percuciência e não ter uma visão clara do jogo político real.

 

 

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