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William Waack quebra o silêncio e fala sobre demissão da Globo
Em artigo publicado neste domingo (14) no jornal Folha de S. Paulo, Waack afirma categoricamente que não é racista. “Aquilo foi uma piada idiota… dita em tom de brincadeira, num momento particular. Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão”, escreveu.
O apresentador diz ainda que, durante toda a vida, sempre combateu a intolerância, incluindo, aí, o racismo. “Minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso”, completa. Ele cita uma frase da jornalista Glória Maria, que, segundo ele, “foi bastante perseguida por intolerantes em redes sociais por ter dito em público: ‘Convivi com o William a vida inteira, e ele não é racista. Aquilo foi piada de português.’”
O vídeo que provocou a demissão de Waack foi divulgado na internet em novembro do ano passado. A filmagem foi feita antes de uma entrevista com Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, em um estúdio em frente à Casa Branca, nos Estados Unidos.
“Tá buzinando por quê, seu m. do cacete? Não vou nem falar porque eu sei quem é.” Na sequência, Waack olha para o convidado e diz, em tom baixo: “É preto. É coisa de preto.”
Após o comentário, o convidado ri, constrangido.
Logo depois da repercussão, ele foi afastado do cargo e, um mês depois, demitido. Na época, a emissora divulgou a seguinte nota: “A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante.”