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Mendanha deve optar por João Campos na disputa da Prefeitura de Aparecida de Goiânia
Pesquisas sugerem que o ex-prefeito é um general eleitoral de primeira linha. Porém, Vilmar Mariano, por falta de “estatura”, pode ser um candidato “pesado”
Redação / J. Opção
Pesquisas sugerem que o ex-prefeito é um general eleitoral de primeira linha. Porém, Vilmar Mariano, por falta de “estatura”, pode ser um candidato “pesado”
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (Patriota), mantém praticamente todo o secretariado que acompanhou Gustavo Mendanha (Patriota) durante seu período como gestor do município. Qual é a explicação?
À primeira vista, a impressão que se tem é que Vilmar Mariano não tem um grupo político e administrativo tão competente quanto o montado por Mendanha. De fato, faltam-lhe aliados adequados para uma prefeitura do porte da de Aparecida. Mas isto é fácil de se arranjar. Veja um exemplo: o prefeito chegou a conversar com o economista Valdivino Oliveira, professor da PUC-Goiás e ex-secretário da Fazenda do governo do Distrito Federal e de Finanças das prefeituras de Goiânia e Anápolis, com o objetivo de colocá-lo no lugar de André Rosa na Secretaria de Finanças. Depois, parece ter esquecido o assunto.
Na verdade, Vilmar Mariano não afasta o pessoal de Mendanha por um único motivo: acredita que terá o apoio do ex-prefeito no seu projeto de reeleição em 2024.
Pesquisas indicam que Mendanha é mesmo o principal general eleitoral de Aparecida. Aquele candidato que obtiver seu apoio tem maiores chances de ser eleito.
Há uma questão, que, claro, Mendanha não tem o mínimo interesse em discutir no momento. Políticos de Aparecida sugerem que, apesar do controle da máquina, Vilmar Mariano “não” tem a mínima condição de ser reeleito. Pelo menos é o que estariam indicando pesquisas recentes.
No lugar de ser um avanço, como foram Maguito Vilela e Gustavo Mendanha, o gestor atual é visto como um retrocesso histórico
Qual é o problema de Vilmar Mariano? O prefeito é engraçado, é divertido, mas não é visto como gestor nem pelos eleitores nem pelos políticos. Falta-lhe estatura política, administrativa e cultural (consta que “nunca leu um livro”, o que pode ser maledicência de um vereador ouvido pelo Jornal Opção). Depois de Maguito Vilela e Mendanha, que elevaram a política de Aparecida a um patamar bem alto, inclusive em termos de respeitabilidade e projetos mais avançados em termos de desenvolvimento, há o consenso de que Vilmar Mariano devolveu o município aos velhos tempos. Noutras palavras, no lugar de ser um avanço, como foram Maguito Vilela e Mendanha, o gestor atual é visto como um retrocesso histórico.
Porém, se conquistar o apoio de Mendanha, Vilmar Mariano tem condições de ser reeleito? É possível. Entretanto, de olho nas pesquisas, o ex-prefeito pode “cozinhar” o correligionário, até os primeiros meses de 2024, e depois abandoná-lo e lançar outro candidato.
Há, entre os aliados de Mendanha, quem postule que o ideal é que o ex-prefeito banque um candidato com estatura próxima da sua, como o deputado federal João Campos, do partido Republicanos. Mas, como se disse, ao ex-prefeito só interessa discutir a questão em 2024, por volta de abril ou maio.
O deputado federal Professor Alcides, do PL, é aliado de Vilmar Mariano, mas, se o prefeito não emplacar, pode disputar a prefeitura em 2024. Ele tem estatura, admitem aliados de Mendanha, que não o apreciam, por considerá-lo “por demais independente”.
O governador Ronaldo Caiado vai bancar candidato a prefeito em Aparecida? Ele nunca discutiu a questão com a imprensa. Mas é possível que o governismo lance candidato na segunda cidade com maior número de eleitores de Goiás.
Entre os possíveis candidatos governistas estão os deputados federais Glaustin da Fokus (PSC), reeleito em 2022, e Delegado Waldir Soares (União Brasil). O suplente de deputado estadual Felipe Cortês, do Podemos, também planeja ser candidato a prefeito. Em Aparecida, na disputa do ano passado, ele obteve 6.601 votos. Uma votação expressiva. O deputado estadual Max Menezes, do PSD, também está no jogo. Ele conquistou 12.496 votos na disputa de 2022, ficando como o segundo mais votado, atrás apenas de Veter Martins (Patriota)