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Marconi pede cautela ao PSDB
Governador diz que tucanos precisam avaliar procedência de denúncia antes de tomar decisão e reafirma que sua posição é pela retomada do crescimento econômico do País
A denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer não mudou a opinião do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em relação ao desembarque tucano. “A minha posição é em relação à retomada do crescimento econômico do País e o Ministro Meirelles e sua equipe estão conseguindo isso”, afirmou Marconi.
O governador defende que, antes de tomar qualquer decisão, o partido avalie a denúncia, “se tem procedência, se é legal, se não é”. “A maior preocupação que eu tenho é o Brasil voltar a crescer e a gente tem que tomar um cuidado danado, não tomar nenhuma medida impensada, inconsequente e insensata”, diz.
O presidente do PSDB em Goiás, deputado federal Giuseppe Vecci, também defende uma decisão baseada no aspecto econômico. Segundo ele, a admissão da denúncia pelo Congresso, tema que divide o PSDB, pode levar o país a sangrar por um longo período, comprometendo ainda mais a frágil retomada da economia. “Temer não vai renunciar e um processo de impeachment pode durar aí uns seis meses.”
As declarações foram dadas nesta sexta-feira (30), durante a visita de Marconi a Aragoiânia, Abadia de Goiás e Trindade para assinatura de convênios do programa Goiás na Frente. Marconi visitou 28 cidades esta semana e pretende visitar todos os municípios até o mês de agosto.
De olho em 2018
E apesar de a agenda não ter, na teoria, um componente eleitoral, o apoio a pré-candidatura de José Eliton (PSDB) ao governo é tema recorrente nos discursos de prefeitos e vereadores. Não faltam também elogios a todos os integrantes da comitiva que são prováveis candidatos em 2018.
Em Aragoiânia, foram destinados R$ 2 milhões a serem aplicados na pavimentação da cidade, segundo decisão do próprio município. Na comitiva, além de Vecci, estavam o vice-governador José Eliton (PSDB) e o presidente da Assembleia, deputado José Vitti (PSDB). “Os dois serão governador e vice a partir de abril”, observou Marconi, lembrando quando deve se desincompatibilizar para a eleição.
Apesar de destacar que os recursos têm sua origem nos impostos e afirmar também que são fruto da venda da Celg, o governador se referiu aos convênios com as prefeituras como uma “ajuda” aos prefeitos que sofrem com a crise há três anos.
Em Abadia de Goiás, a comitiva ganhou o reforço da deputada federal Flávia Morais (PDT) e do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB). O governador assinou convênio de R$ 1 milhão com o município, recursos que também serão aplicados, segundo decisão local, na pavimentação das ruas da cidade.
Marconi se comprometeu também a concluir 12 km de asfalto da GO 469, ligando Aragoiânia a Abadia de Goiás, mas não deixou de lembrar que perdeu a eleição na cidade. “Abadia é muito perto de Goiânia e Iris (Resende) tem muita força”.
Em Trindade, o deputado federal Lucas Vergílio (SD) se juntou à comitiva e lá foram assinados convênios para pavimentação e construção de dez leitos de UTI no Hutrin no valor de R$ 5 milhões. Ao inaugurar 600 apartamentos construídos em parceria com a Caixa, Marconi voltou a dizer que o governo faz convênios com o banco estatal para “ajudar o povo”.
